![Bolívia entra no Grupo de Lima, bloco da região que condena a ditadura de Maduro A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, na Escola de Condores do Exército, em Yacuiba, Bolívia, 14 de dezembro de 2019](https://media.gazetadopovo.com.br/2019/12/17172439/bolivia-jeanine-anez-960x540.jpg)
O governo interino da Bolívia informou no domingo que o país ingressou no Grupo de Lima, que tem como objetivo contribuir com uma solução à crise política na Venezuela. A presidente interina Jeanine Áñez decidiu incorporar o país ao grupo depois da renúncia de Evo Morales à presidência. Morales era um dos últimos apoiadores do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, na região.
Após a queda de Morales, a chancelaria de Áñez já havia decidido reconhecer o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país. Pelo Twitter, o representante de assuntos exteriores de Guaidó, Julio Borges, celebrou o ingresso da Bolívia no Grupo de Lima e disse que este é "um passo fundamental para fortalecer a luta internacional pela democracia na Venezuela".
Por sua vez, na mesma rede social, o chanceler de Maduro, Jorge Arreaza, rechaçou a decisão do governo interino boliviano. "Supostos defensores das democracias e dos direitos humanos têm reprimido a seus povos selvagemente, e agora incorporam em suas fileiras uma ditadura fascista, racista, produto de um golpe de Estado sangrento", afirmou, em referência ao governo interino de Áñez.
Além da Bolívia, o Grupo de Lima é formado por Argentina, Brasil Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucía.