O presidente da Bolívia Luis Arce (esquerda) ao lado de Evo Morales, ex-presidente e aliado político.| Foto: EFE
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O Comitê Cívico de Santa Cruz, entidade que reúne representantes da maior região boliviana e motor econômico do país, acusou neste domingo o governo do presidente Luis Arce, aliado de Evo Morales, de instalar um "regime de terrorismo de Estado" contra os protestos que exigem a libertação do governador opositor Luis Fernando Camacho.

A organização cidadã emitiu um comunicado dirigido à comunidade internacional no qual denuncia que o governo de esquerda tem provocado "insegurança jurídica através da perseguição política e criminalização do exercício da dissidência, protesto e liberdade de expressão”.

Santa Cruz, no leste do país, é o centro dos protestos que exigem a libertação de seu governador, detido na quarta-feira passada pelas forças de segurança e levado para La Paz, no oeste do país, onde um juiz lhe impôs quatro meses de prisão preventiva por supostos "crimes de terrorismo", relacionados com eventos da crise política de 2019.

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Na véspera, confrontos entre manifestantes e policiais duraram até a madrugada de hoje e deixaram danos consideráveis ​​em prédios públicos como a prefeitura de Santa Cruz.