O Brasil, os Estados Unidos, o Grupo de Lima, o Grupo Internacional de Contato, União Europeia e outros países emitiriam uma nota conjunta nesta sexta-feira (14) instando venezuelanos "de todas as tendências ideológicas e filiações partidárias, sejam civis ou militares", a estabelecer um "governo de transição inclusivo" que possibilite a realização de eleições livres e justas na Venezuela no curto prazo.
"As eleições para a Assembleia Nacional, por si sós, não representam uma solução política e, ao contrário, podem polarizar ainda mais uma sociedade já dividida", afirma a nota, que coloca o diálogo como a principal ferramenta para alcançar a transição para a democracia. Os países também se comprometeram a reduzir as sanções contra a Venezuela caso progressos sejam feitos. "Para uma resolução pacífica e viável da crise, é necessário um governo de transição para organizar eleições presidenciais, de modo que nenhum candidato tenha uma vantagem indevida sobre os demais", concluem.
As eleições parlamentares da Venezuela estão marcadas para 6 de dezembro, mas a oposição, liderada pelo presidente interino Juan Guaidó, já anunciou que não vai participar do pleito por considerar que não há nenhuma garantia de que o processo organizado pela ditadura chavista seja livre e democrático e que, portanto, deve trata-se de uma "fraude eleitoral".