Em meio à escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã depois de um ataque a petroleiros no golfo de Omã e do abate de um drone americano, o Brasil não tomará partido do lado americano de forma automática. A sinalização foi dada na manhã desta quinta-feira, 27, pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
"Não tem nenhuma rivalidade ou inimizade com o Irã. Pode ser parceiro em algumas coisas", avaliou Heleno a jornalistas brasileiros em Osaka, onde acompanha o presidente Jair Bolsonaro que participará da reunião de líderes das 20 maiores economias do globo, o G-20.
Heleno repetiu o mantra do governo de que a política externa do Brasil tem que ser pragmática. "Não tem ideologia, não", disse o ministro, ainda sobre a posição do Brasil em relação ao Irã.
A perspectiva de uma guerra acidental na região do Golfo Pérsico não é descartada por analistas, que consideram arriscadas as movimentações de Trump e da Arábia Saudita.