A família de Breonna Taylor fechou, nesta terça-feira (15), acordo com a cidade de Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, no âmbito da ação civil sobre a morte da jovem. Breonna, 26, que era negra, foi morta no dia 13 de março deste ano, quando três policiais à paisana invadiram, à noite, sua casa com um mandato de busca contra dois supostos traficantes de drogas. O namorado de Breonna disparou contra os agentes, alegando ter pensado que a residência estava sendo invadida por criminosos. A mulher foi morta com oito disparos e um policial ficou ferido.
De acordo com o jornal New York Times, a família de Breonna Taylor vai receber US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 63 milhões na cotação atual) a título de indenização. À imprensa local, o advogado da mãe da jovem, Sam Aguilar, disse que o acordo também inclui promessas de “reforma da polícia local”. Importante ressaltar que esse acordo encerra a discussão na esfera cível, mas as investigações criminais sobre o caso continuam. Dos três policiais envolvidos no episódio, um foi demitido e os outros dois foram suspensos. Até o momento, porém, não foi registrada nenhuma acusação formal.
A morte de Breonna foi um dos estopins para a onda de protestos contra a violência policial que têm sido registrados nos Estados Unidos nos últimos meses. Os outros episódios foram a morte de George Floyd, no fim de maio, e os disparos efetuados contra Jacob Blake, na segunda quinzena de agosto.