Após pressão dos democratas, os legisladores dos Estados Unidos votam nesta quinta-feira (4) a remoção da republicana Marjorie Taylor Greene de duas comissões da Câmara, forçando os republicanos no Congresso a tomarem uma posição pública sobre a deputada novata da Geórgia que, antes de ser eleita, chegou a curtir postagens que pediam a execução de políticos democratas, além de fazer comentários antissemitas e promover teorias da conspiração, dizendo, por exemplo, que tiroteios em massa em escolas americanas foram encenados e que os incêndios florestais na Califórnia em 2018 foram causados por um feixe de laser espacial.
Os republicanos da Casa reprovam os comentários de Greene, mas não apoiam a votação para remoção da deputada das comissões de Educação e Trabalho e de Orçamento. Alguns argumentaram que os membros do Congresso não deveriam ser punidos por comentários que fizeram antes de serem eleitos e que permitir que um partido (neste caso, os democratas) tome uma ação unilateral contra um legislador de outro partido abriria um precedente perigoso.
Depois que os democratas decidiram pela votação em plenário para expulsá-la das comissões, Greene enviou um e-mail para arrecadar fundos, pedindo a seus apoiadores que "apressem uma doação de emergência" para ajudar a defendê-la. A republicana disse que o esforço rendeu a ela mais de US$ 160 mil em um dia. Greene ainda tuitou que ela "não deve desculpas" por suas ações e "nunca" vai desistir.