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O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, afirmou na quarta-feira (2) que, quando o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tomar posse em janeiro de 2023, "mais distante estará a opção de invasão contra a Venezuela", como denunciou que o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, "cogitou" em 2019.
"Desejamos ao presidente Lula o melhor. Com toda a certeza é gerado um equilíbrio nesta parte do mundo, um equilíbrio significativo, distante da opção de invasão contra a Venezuela", disse o vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) no seu programa de televisão no canal estatal "VTV".
O líder chavista acusou Bolsonaro de ter cogitado "para os seus oficiais" uma invasão contra a Venezuela em 23 de fevereiro de 2019, quando o líder opositor Juan Guaidó tentava levar uma caravana de ajuda humanitária da Colômbia para a Venezuela.
No entanto, "o Exército (brasileiro) se recusou a fazê-lo, mas estava planejado para 23 de fevereiro que invadiriam a Venezuela a partir do Brasil", denunciou. Cabello celebrou na segunda-feira a nova proximidade ideológica entre a Venezuela e os vizinhos Colômbia e Brasil, após a vitória de Lula no domingo passado, pouco mais de quatro meses depois de Gustavo Petro ter vencido as eleições presidenciais colombianas.