A China condenou à prisão o cientista He Jiankui, que diz ter criado os primeiros bebês geneticamente editados. Ele foi sentenciado a três anos de prisão e terá que pagar uma multa de US$ 430.000 (R$ 1,7 milhão). Dois assistentes que o ajudaram no experimento também foram condenados à prisão, com penas menores.
O cientista anunciou em 2018 que alterou o código genético de embriões durante tratamento de fertilidade de sete casais, nos quais todos os homens eram soropositivos, para que os bebês não tivessem o gene CCR5, utilizado pelo vírus da Aids para se espalhar pelo organismo. Duas gêmeas nasceram deste experimento. Nesta segunda-feira (30), a imprensa estatal chinesa confirmou que mais uma mulher estava grávida de um bebê geneticamente editado.
De acordo com a Deutsche Welle, o tribunal chinês acusou os três pesquisadores de não ter qualificação para exercer medicina, buscar fama e dinheiro, violar deliberadamente os regulamentos chineses sobre investigação científica e ultrapassar o limite ético em pesquisa científica.