A China anunciou nesta segunda-feira (27) que vai implementar novas diretrizes para reduzir o número de abortos realizados no país por “razões não médicas”. Embora a ditadura chinesa não tenha detalhado o que o termo significa, a notícia foi recebida na comunidade de saúde internacional como uma resposta à diminuição das taxas de natalidade do país, com a projeção de que a população comece a diminuir nos próximos anos.
O Conselho de Estado apontou que serão implementadas ações para evitar gestações não planejadas e para encorajar os homens a “compartilhar a responsabilidade” de preveni-las.
Durante décadas, Pequim adotou a chamada política do filho único, com o objetivo de conter a superpopulação e que levou a situações como aborto seletivo ou abandono de meninas. Entretanto, com as taxas de natalidade em queda, em 2016 a ditadura chinesa autorizou que os casais passassem a ter dois filhos.
Como os resultados na demografia do país não foram os esperados, no primeiro semestre deste ano, esse limite foi ampliado para três crianças. Antes, em 2005, a China já havia implementado um plano de ação para proibir os abortos seletivos por sexo.