Cerca de 26 mil famílias foram afetadas, em graus variados, até o momento pelas intensas chuvas que atingem a Venezuela, segundo informou na sexta-feira o ministro do Interior e da Justiça, Remigio Ceballos. Perante esta situação, as autoridades estabeleceram 33 abrigos fixos para “fornecer os cuidados necessários às pessoas que precisam”, e 900 toneladas de mantimentos foram distribuídas às comunidades afetadas em 14 dos 23 estados do país, detalhou Ceballos em sua conta no Twitter.
Um dos estados mais atingidos pelas chuvas foi La Guaira (norte), onde um córrego transbordou parcialmente, razão pela qual as autoridades desocuparam três prédios que estão na foz da corrente d’água, destacou o governador da região, José Teran. As chuvas também causaram alagamentos em algumas estradas, além da queda de uma torre elétrica no estado de Trujillo (oeste), que afetou o abastecimento do serviço em algumas áreas. Nos últimos dois meses, as chuvas causaram o transbordamento de córregos em várias partes do país e o aumento dos leitos de alguns rios, o que deixou pelo menos 82 mortos, 54 deles na cidade de Tejerías, a 70 quilômetros de Caracas, onde ocorreu um deslizamento de terra de grande magnitude em 8 de outubro.
Na Colômbia, o governo declarará “desastre natural” no país na próxima semana para lidar com a crise causada pelas chuvas e inundações que até agora deixaram mais de 200 mortos e 126 mil famílias afetadas. De acordo com a Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UNGRD), entre 1.º de janeiro e 24 de outubro, as chuvas, que aumentaram 30% em relação às médias históricas para esta época do ano, causaram a morte de 207 pessoas (126 vítimas a mais do que em 2021). As chuvas deixaram 26 dos 32 departamentos do país em calamidade pública, e as chuvas e inundações afetaram 746 dos 1.103 municípios da Colômbia. Neste ano a estação chuvosa deixou até agora 278 feridos e 35 desaparecidos, enquanto mais de 4.300 casas foram destruídas, um número significativamente superior às 1.148 registradas em 2021.