A China vive um recorde na taxa de jovens desempregados, o que evidencia a crise econômica pela qual passa o país. De acordo com dados oficiais, 20% dos jovens estão sem emprego. Essa estatística é de julho, dois meses após o maior confinamento em Xangai, e o nível de desemprego deve perdurar ou aumentar, segundo especialistas.
De acordo com o presidente do Instituto Cedimes, Claude Albagli, em entrevista ao jornal Le Monde, "o coração da economia chinesa foi pausado pela Covid". "Se as pessoas não podem mais sair, elas ficam sem renda", aponta Albagli.
Segundo o banco japonês Nomura, as cidades com maior confinamento representam um quinto do PIB do país. Com usinas fechadas e trabalhadores impedidos de sair de casa, a previsão de crescimento do país é de apenas 3%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), uma desaceleração em relação aos últimos anos - e um tombo de 5% em relação ao ano passado. Nas últimas semanas, o país está sendo tomado por uma onda de manifestações contra a política sanitária e o regime de Xi Jinping.