O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou nesta sexta-feira (18) que a ofensiva militar turca seria retomada em poucos dias se os combatentes curdos não se retirassem completamente da chamada "zona segura", mesmo com a violência em pelo menos uma cidade fronteiriça da Síria ameaçando o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
"Se os EUA puderem manter sua promessa feita a nós, ao final das 120 horas, a questão da zona segura será resolvida", disse Erdogan em coletiva para mídia estrangeira em Istambul, referindo-se à duração da pausa na ofensiva acordada pela Turquia e pelos Estados Unidos na quinta-feira. "Se as promessas não forem cumpridas", acrescentou, "nossa operação continuará de onde paramos".
Mervan Qamishlo, porta-voz das Forças Democráticas Sírias, disse nesta sexta-feira que ainda não estavam se retirando da zona de segurança "porque o lado turco ainda não se comprometeu com o acordo" e ainda estava bombardeando a cidade de Ras al-Ain, na fronteira, incluindo o hospital da cidade. Imagens transmitidas pela CNN mostraram fumaça subindo de Ras al-Ain no início da sexta-feira. Jornalistas da agência Associated Press relataram bombardeios e sons de tiros.