Rodrigo Rojas em foto de 2020: líder de protestos populares usou doença em campanha política.| Foto: Facebook/página oficial
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O órgão que redigirá a nova constituição do Chile confirmou neste domingo a renúncia do constituinte Rodrigo Rojas, líder dos protestos de 2019, que confessou ter fingido câncer, questão na qual baseou sua campanha eleitoral. Rojas, que até hoje era um dos sete vice-presidentes do órgão, confessou a mentira neste sábado, gerando mais uma polêmica em torno da Lista do Povo, um grupo heterogêneo de independentes que surgiu a partir dos protestos de 2019 e cujo sucesso nas constituintes foi visto como uma rejeição das partes tradicionais.

Durante as manifestações de 2019, o ativista de 37 anos alegou repetidamente sofrer de leucemia linfoblástica mista e pediu melhorias para a saúde chilena, criticada por muitos por seus altos custos e privatização. Rojas saltou para a política como um dos fundadores da Lista do Povo, que em maio ganhou 27 das 155 cadeiras da assembleia constituinte, articulando seu discurso e campanha em torno de sua doença, da qual ele falou em várias entrevistas e na internet.

No sábado, o independente admitiu que sofre de uma outra doença, sobre a qual existe um “grande estigma social”, e acrescentou que ele sentiu “muita vergonha pelos danos que isso poderia trazer à sua família” para reconhecer seu verdadeiro diagnóstico.

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