Ativistas pedem o fim da detenção de imigrantes na fronteira sul dos Estados Unidos, em 6 de março, Los Angeles, Califórnia| Foto: Frederic J. BROWN/AFP
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Em duas semanas, o número de crianças imigrantes desacompanhadas que estão sob custódia da patrulha de fronteira no sul dos EUA triplicou . Documentos obtidos por veículos de imprensa americanos, como CNN e New York Times, mostram que atualmente há 3.250 menores que estão em unidades da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês).

De acordo com a legislação americana, elas precisam ser transferidas em até 72 horas para os centros de acolhimento administrados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Porém, a pasta já enfrenta dificuldades para encontrar espaço para um número cada vez maior de recém-chegados aos EUA e na semana passada liberou esses lugares para funcionarem com 100% da capacidade, apesar dos riscos de transmissão da Covid-19. Em fevereiro, mais de 7 mil crianças imigrantes desacompanhadas dos pais foram transferidas para abrigos do Departamento de Saúde.

Mais de 1.360 menores estão sob a custódia da patrulha de fronteira por mais de 72 horas, onde ficam em unidades construídas para abrigar adultos. O aumento da imigração para os Estados Unidos se deve, em parte, às políticas mais brandas da administração do presidente Joe Biden em relação ao seu antecessor, Donald Trump. Com a chegada do democrata à Casa Branca, os funcionários da imigração foram instruídos a permitir que os migrantes sejam liberados em cidades americanas na fronteira se as instalações de detenção estiverem lotadas – prática conhecida como "pegar e soltar". Biden também ordenou o fim da exigência de que requerentes de asilo esperassem no México enquanto seus casos eram processados.

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