O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, durante discurso em Havana| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa
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Cuba abriu suas mesas de votação neste domingo (26) para as eleições parlamentares para confirmar a composição da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP), principal órgão legislativo da ilha. Um total de 470 candidatos concorrem a um número igual de assentos na Assembleia Legislativa cubana unicameral e os eleitores têm a opção de apoiá-los ou não. Os candidatos que conseguirem 50% de apoio dos eleitores são eleitos.

Entidades internacionais e opositores da ditadura alertam que o sistema eleitoral não passa de um engodo. Todos os candidatos passam antes por uma pré-seleção, feita por grupos ligados ao Partido Comunista, e depois são aprovados por uma assembleia municipal, também controlada pelos comunistas. Isso garante que os membros do partido sejam a ampla maioria dos candidatos, sufocando a oposição. Na atual legislatura da Assembleia cubana, por exemplo, 96% dos parlamentares são comunistas. Essa composição garante a manutenção do ditador Miguel Díaz-Canel, líder do Partido Comunista de Cuba, a única legenda legal do país, no poder.

Como forma de tentar alertar o mundo sobre a realidade das eleições em Cuba, grupos dissidentes pedem a abstenção dos eleitores como forma de expressar a rejeição ao sistema eleitoral em particular e ao modelo socialista em geral. Segundo analistas, uma alta taxa de abstenção evidenciaria problemas de legitimidade porque, ao contrário de outros sistemas políticos, o cubano se baseia no coletivo, na participação e na unidade.

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