A cúpula extraordinária do G20 para o Afeganistão, organizada pela Itália, foi iniciada nesta terça-feira (12) com o objetivo principal de enviar ajuda direta à população do país, que está sob o controle dos talibãs desde o dia 15 de agosto.
Na conferência também serão tratados temas como a luta contra o terrorismo, a liberdade de movimento dentro do território, a situação das fronteiras locais, entre outros.
Desde a chegada do Talibã ao poder, o país asiático teve fundos internacionais bloqueados, o que impede o acesso a dinheiro disponibilizado por instituições multilaterais, minando a liquidez dos bancos afegãos e provocando aumento de preços nos alimentos e bens de primeira necessidade.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou hoje que a comunidade internacional precisa encontrar uma maneira de injetar liquidez no Afeganistão, em forma de investimentos diretos às pessoas, mas com o dinheiro não acabando nas mãos dos talibãs.
A crise no país já afeta pelo menos 18 milhões de pessoas, a metade da população local, de acordo com dados compilados pelas Nações Unidas. Além disso, a Unicef indica que 1 milhão de crianças sofrem de desnutrição e correm risco de morrer.