Uma delegação de 24 americanos, presidida pela deputada democrata Rosa DeLauro e pelo ex-deputado Bill Delahunt, visitou Cuba nesta quarta-feira (2) para conhecer o sistema de saúde da ilha. De acordo com o site de notícias oficial do Partido Comunista de Cuba, Granma, eles foram recebidos pela vice-ministra da Saúde, Marcia Cobas Ruiz, quem os informou sobre os principais resultados do Sistema Nacional de Saúde e sobre a exportação dos serviços médicos cubanos para 65 países - como o extinto programa em parceria com o governo brasileiro, o Mais Médicos, classificado pelo presidente Jair Bolsonaro como "um verdadeiro trabalho escravo".
Cuba e os Estados Unidos assinaram dois acordos em 2016 para colaboração na área de controle, pesquisa, vigilância, monitoramento e avaliação do câncer. Porém esses pactos foram suspendidos no governo do atual presidente americano Donald Trump. Durante a visita, DeLauro disse que "a política não deve ser um problema quando se trata de um setor como a saúde, quando se trata de salvar vidas, e continuaremos trabalhando nisso", segundo o Granma.
Nesta segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA anunciou restrições à entrada de funcionários do governo cubano vinculados ao programa de missões médicas nos Estados Unidos, que, segundo as autoridades americanas, compreendem práticas trabalhistas exploradoras e coercitivas. "Lucrar com o trabalho dos médicos cubanos tem sido a prática de décadas dos Castros, e continua até hoje. Essas práticas incluem exigir longas horas de trabalho sem descanso, salários escassos, moradia insegura e movimento restrito", disse o Departamento de Estado.