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O governo italiano reiterou neste domingo (12) apoio à Ucrânia contra a invasão russa, após o líder do partido Força Itália (FI), Silvio Berlusconi, membro da coalizão governamental, ter criticado a resistência ucraniana. "O apoio do governo italiano à Ucrânia é firme e convicto, como se afirma claramente no programa e em todas as votações parlamentares da coalizão que apoia o governo", afirmaram fontes governamentais.
A primeira-ministra, Giorgia Meloni, que governa desde outubro com seu partido ultradireitista Irmãos da Itália, ao lado do FI e da Liga, sempre defendeu o apoio a Kiev. No entanto, Berlusconi criticou abertamente o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em várias ocasiões, mais recentemente neste domingo, ao culpar o governante pela guerra.
"Se eu fosse primeiro-ministro, nunca teria ido falar com Zelensky porque, como sabem, estamos assistindo à devastação do seu país e à morte dos seus soldados e civis", disse Berlusconi, referindo-se ao encontro de Giorgia Meloni com o líder ucraniano em Bruxelas nesta semana.
Berlusconi, de 86 anos, que sempre se vangloria da sua amizade com o presidente russo, Vladimir Putin, se distanciou da posição da líder do governo, Meloni, que defende a manutenção do apoio a Kiev por acreditar que uma eventual negociação de paz só terá lugar em pé de igualdade.