O deputado venezuelano Edgar Zambrano, vice-presidente da Assembleia Nacional que estava preso desde 8 de maio, foi liberado da prisão nesta terça-feira (17) por ordem do regime de Nicolás Maduro. Ele foi detido na base militar Fuerte Tiuna, em Caracas, por "traição à pátria". Ele e outros nove deputados opositores foram acusados de participar da mobilização militar em 30 de abril liderada pelo presidente do parlamento Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.
"Em uma democracia não devem existir prisioneiros políticos, os direitos humanos e as garantias constitucionais devem ser respeitados. Em consequência, a minha prisão foi injusta, violando a Constituição, a instituição universal da imunidade parlamentar e os direitos humanos", afirmou Zambrano à imprensa logo após a sua liberação, segundo o Infobae.
Zambrano disse ainda que o acordo que permitiu a sua liberação deve soltar outras 58 pessoas a partir de amanhã. Por redes sociais, Guaidó disse que a soltura de Zambrano e de outros presos políticos "é uma vitória da pressão cidadã, internacional e do relatório Bachelet, e não uma 'gentileza' da ditadura".