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O ditador da China, Xi Jinping, pronunciou nesta sexta-feira (31) um discurso de fim de ano no qual afirmou que "alcançar a completa reunificação da pátria", é "o desejo comum" dos "chineses de ambos os lados do Estreito de Taiwan", segundo a imprensa oficial chinesa. Xi analisou alguns dos eventos mais importantes do ano na China, incluindo as celebrações, presididas por ele, do 100º aniversário da fundação do Partido Comunista em julho.
"Estivemos em Tiananmen após uma turbulenta viagem histórica", disse Xi, que prometeu esforços para assegurar que os comunistas chineses estejam "à altura dos tempos". Após um ano de aperto do controle de Pequim sobre a antiga colônia britânica, Xi disse que "a pátria sempre se preocupou com a prosperidade de Hong Kong e Macau", onde, "através de esforços", o sistema de um país, de dois sistemas, poderá "ser estável".
O ditador chinês, que se descreveu no discurso como "alguém que vem do campo" e "experimentou a pobreza", recordou os feitos declarados da campanha contra a extrema pobreza no país, mas ressaltou que "ainda há um longo caminho a percorrer". Xi Jinping também se referiu ao exército e à polícia e ao trabalho de salvamento em catástrofes, incluindo as inundações deste ano na província de Henan no verão, que deixaram mais de 300 mortos.
O ditador chinês, que não sai do país há quase dois anos, disse que nas suas reuniões de videoconferência com líderes estrangeiros recebeu "elogios" pela contribuição da China no combate à pandemia, citando o envio chinês de "2 bilhões de doses de vacinas para mais de 120 países e organizações internacionais". O governante garantiu que Pequim está "pronta" para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, que terão início em fevereiro na capital chinesa e cujo boicote diplomático foi anunciado pelos Estados Unidos.