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A ditadura de Nicolás Maduro cometeu 472 supostas execuções extrajudiciais nos primeiros três meses de 2021, informou a ONG venezuelana Provea, que monitora abusos de direitos humanos cometidos na Venezuela. De acordo com a organização, janeiro foi o mês mais violento, com denúncias de mais de 220 mortes cometidas por forças de segurança chavistas. As autoridades policiais afirmam que as mortes ocorreram em contexto de enfrentamentos das vítimas com grupos policiais de elite.
Um dos casos citados pela Provea é o chamado "Massacre de La Vega", quando 23 pessoas morreram em uma operação policial conjunta das Forças de Ações Especiais (Faes), do Corpo de Investigações Científicas, Criminais e Criminais (CICPC) e da Guarda Nacional Bolivariana, em Caracas. Segundo a ONG, esse incidente foi considerado o pior na história policial do país nas chamadas "operações de segurança cidadã".
"A ausência de investigação e punição dos culpados pela justiça venezuelana justifica cada vez mais o trabalho que a Missão de Investigação da ONU e o Tribunal Penal Internacional vêm realizando, bem como o acompanhamento realizado pela alta comissionada de Direitos Humanos, Michelle Bachelet", concluiu a ONG.