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Os países da Organização dos Estados Americanos (OEA)
rechaçaram na sexta-feira (12) as eleições do último domingo na Nicarágua vencidas
pelo ditador Daniel Ortega, que governa o país desde 2007, ressaltando que
"elas não eram livres, justas ou transparentes e não tinham legitimidade democrática".
Por um placar de 25 votos a favor, um contra, sete abstenções e uma ausência,
as delegações participantes da 51ª Assembleia Geral da entidade aprovaram uma
resolução promovida por Canadá, Antígua e Barbuda, Chile, Costa Rica, Equador,
Estados Unidos, República Dominicana e Uruguai sobre "A situação na
Nicarágua".
A resolução critica o descaso do governo do país centro-americano com as
iniciativas diplomáticas e técnicas empreendidas desde junho de 2018 pela OEA
para promover "a democracia representativa e a proteção dos direitos
humanos". O texto conclui, ainda, com base nos princípios da Carta da OEA
e da Carta Democrática Interamericana, que as instituições democráticas
nicaraguenses "foram seriamente minadas pelo governo".
Neste contexto, os países instruíram o Conselho Permanente da OEA a realizar
uma "avaliação coletiva imediata" da situação no país, em
conformidade com a Carta da OEA e a Carta Democrática Interamericana, a ser
concluída, "o mais tardar até 30 de novembro". Após esse período, ela
deve tomar "as medidas apropriadas". Antes da votação da iniciativa,
o representante da Nicarágua, Michael Campbell, rejeitou "da maneira mais
categórica o projeto de resolução" que, conforme alegou, "se pretende
impor" contra seu país nesta Assembleia Geral.