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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, dedicou grande parte do seu discurso na Assembleia das Nações Unidas nesta terça-feira (21) para atacar seu antecessor, Mauricio Macri. Em mensagem gravada, ele apontou que o país “está sujeito a uma dívida tóxica e irresponsável com o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, numa referência a acordo assinado em 2018, quando Macri era o presidente.
“Para que o mundo tenha uma ideia da magnitude desta dívida, quero citar um número: os recursos aprovados pelo FMI para a Argentina nesta dívida insustentável foram de US$ 57 bilhões, o equivalente ao que o fundo desembolsou para 85 países em todo o mundo durante a pandemia”, apontou, antes de afirmar que grande parte desses recursos “fugiu” do país.
“Não há racionalidade técnica, lógica ética ou sensibilidade política que possa justificar tal aberração. O pior é que grande parte dos recursos fornecidos à Argentina fugiu do país por conta de uma abertura irresponsável das contas de capital”, disse Fernández, que em março anunciou a abertura de uma investigação sobre o empréstimo junto ao FMI e nesta terça-feira solicitou uma “reconfiguração da arquitetura financeira internacional”.