O general aposentado do exército de Israel Benny Gantz, líder e candidato da aliança Azul e Branco para o cargo de premiê, em coletiva de imprensa em Tel Aviv, 19 de setembro de 2019| Foto: JACK GUEZ / AFP

O ex-chefe das Forças Armadas Benny Gantz decretou nesta quinta-feira (19) vitória na eleição de Israel e rejeitou o pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para negociar uma divisão de poder, no momento em que país parece caminhar para semanas de incerteza política, em um quadro de crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Gantz pretende comandar uma grande coalizão, conhecida como um governo de unidade, e encerrar um período de vários anos de governos de direita e com a presença de siglas religiosas lideradas por Netanyahu. O premiê admitiu nesta quinta-feira que não conseguirá formar o governo pelo qual fazia campanha, mas insistiu que lideraria um governo de unidade com o Partido Azul e Branco, de Gantz.

Gantz ainda precisa receber aval para formar um governo do presidente de Israel, mas ele parecia com uma leve vantagem nos resultados não oficiais, com 98% das urnas apuradas. Netanyahu poderia ver agora o fim de sua carreira, quando enfrentará no próximo mês uma audiência sobre casos de corrupção, nos quais ele nega envolvimento. Ele poderia ser forçado a renunciar, caso seja indiciado enquanto não for premiê. Netanyahu disse que pode dividir o tempo como primeiro-ministro com Gantz, mas parece improvável que este aceite isso.

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