Ao menos 130 já foram resgatadas dos escombros de um teatro em Mariupol que sofreu um bombardeio nesta quarta-feira (16). Os trabalhos de resgate, contudo, têm sido prejudicados pelo "colapso" dos serviços sociais na região. Acredita-se que cerca de 1,3 mil pessoas estavam no prédio quando foi bombardeado pelas forças militares da Rússia, mesmo estando servindo como refúgio para ucranianos - especialmente mulheres e crianças.
"As pessoas estão fazendo tudo sozinhas. Meus amigos foram ajudar, mas devido ao bombardeio constante não era seguro. As próprias vítimas estão limpando os escombros. Não há operação de resgate, porque todos os serviços que deveriam resgatar pessoas, tratá-las, enterrá-las, esses serviços não existem mais. As autoridades de Mariupol disseram que ainda não é possível estimar o número de vítimas do ataque", disse o ex-chefe da região de Donetsk, Serhiy Taruta, em entrevista à emissora local.
Em comunicado online, o conselho da cidade disse que "apesar dos bombardeios contínuos, os escombros estão sendo removidos e as pessoas estão sendo resgatadas". "As informações sobre as vítimas ainda estão sendo esclarecidas", afirmou o comunicado.
Nesta quinta, o ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini, afirmou que o governo italiano estava "pronto para reconstruir o teatro em Mariupol". "Foi aprovada pelo Conselho de Ministros minha proposta para oferecer à Ucrânia meios e recursos para reconstruí-lo quando for possível. Os teatros de cada país pertencem à toda a humanidade", escreveu Franceschini, em postagem no Twitter.
Com informações do The Guardian.