O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou "abrir as portas" para que 3,6 milhões de refugiados, que atualmente estão na Turquia, busquem asilo na Europa, se o seu país continuar sendo criticado pela ofensiva militar turca contra os curdos no norte da Síria. Em setembro ele já havia feito a mesma ameaça se não recebesse apoio para o plano de reassentamento dos refugiados na Síria.
Os países europeus pagam bilhões de euros a Erdogan a fim de criar melhores condições de vida na Turquia para os que fogem da guerra, o que é visto como uma maneira de bloquear o trânsito de refugiados a caminho da Europa Central.
Nesta quarta-feira, Jean-Claude Juncker, chefe da UE, exigiu que a Turquia interrompesse sua operação militar, dizendo a Ankara que o bloco não pagaria por qualquer "zona segura" que pudesse ser criada. Em um discurso em Ankara, Erdogan ainda criticou o Egito e a Arábia Saudita, que também se opõe à invasão.