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Ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, usando uma máscara facial enquanto faz um discurso televisionado sobre a pandemia de coronavírus.| Foto: Divulgação/Palácio Miraflores/AFP

O governo espanhol anunciou, nesta quinta-feira (29), que vai diminuir suas relações diplomáticas com a Venezuela. A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Ibero-América e Caribe do país, Cristina Gallach, disse que a decisão vai ao encontro com o fato de a União Europeia não considerar legítimas as últimas eleições presidenciais venezuelanas, realizadas em 2018, por falta de transparência. O motivo, portanto, é a falta de legitimidade do governo do ditador Nicolás Maduro.

O anúncio ocorre em meio à crescente tensão diplomática verificada entre os países, já que o opositor venezuelano Leopoldo López, considerado o mentor de Juan Guaidó, chegou a Madri na semana passada, após passar 18 meses hospedado na residência oficial do embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva.

López foi preso em 2014 e condenado a 14 anos de prisão, acusado pelo regime de ter liderado atos violentos nas marchas antigovernamentais que ocorreram na Venezuela naquele mesmo ano. Cinco anos depois, após passar um período detido e em prisão domiciliar, foi acolhido na casa do representante espanhol no país, onde permaneceu até o último sábado (24), antes de embarcar para a Espanha. Silva está prestes a completar sua missão na Venezuela e o governo espanhol decidiu não enviar um novo representante ao país latino-americano.