O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou nesta quarta-feira (30) uma "concentração de tropas russas" para lançar novos ataques na região de Donbass, no leste do país, e disse que não acredita "em ninguém" ao mencionar a suposta retirada de tropas invasoras de Kiev e Chernigov.
"Sobre a suposta redução da atividade dos ocupantes nessas frentes, sabemos que isso não é um desvio, mas as consequências do exílio. Consequências do trabalho de nossos defensores. Mas também vemos que ao mesmo tempo há um reforço de tropas russas para novos ataques no Donbass. E estamos nos preparando para isso", afirmou Zelensky.
Os Estados Unidos também falaram em "indícios" de que a Rússia planeja enviar "cerca de mil mercenários" à região do Donbass para intensificar a ofensiva. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse em entrevista coletiva que há sinais de que a Rússia procura essas pessoas através do chamado "Grupo Wagner", uma empresa de segurança privada que emprega mercenários e forças paramilitares especiais chechenas e é apoiada pelo Kremlin.
Kirby afirmou que o Grupo Wagner está tentando recrutar estes mercenários na Síria e em países do Norte da África, como a Líbia, para que sejam enviados aos Donbas, onde deu prioridade à sua atividade.