Os Estados Unidos declararam nesta segunda-feira (28) como 'persona non grata' 12 diplomatas da missão russa nas Nações Unidas, que terão até o dia 7 de março para abandonarem o país pela acusação de "espionagem". A informação foi anunciada pelo embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, que considerou esta uma "triste notícia" e um sinal de que os EUA não estão respeitando os seus acordos com as Nações Unidas no que diz respeito ao papel como Estado anfitrião da organização, que tem sede em Nova York.
Pouco tempo depois, os EUA confirmaram a decisão e defenderam que não está de forma alguma violando as suas responsabilidades enquanto país anfitrião. De acordo com uma declaração dos EUA, os 12 indivíduos são "agentes da inteligência" que "abusaram dos seus privilégios de residência nos EUA ao se envolverem em atividades de espionagem que são prejudiciais" para a segurança nacional americana. "Esta ação está em desenvolvimento há meses", disse a porta-voz americana Olivia Dalton, dando a entender que a mudança não está relacionada com a situação atual na Ucrânia.
A notícia surgiu no meio de uma entrevista coletiva do embaixador russo na ONU, que recebeu uma ligação na qual, segundo ele, foi informado de que recebeu uma notificação dos EUA sobre a expulsão dos diplomatas. Nebenzya disse não ter os detalhes de quem foi afetado pela medida nem uma explicação da razão para a mesma nesta fase, e comentou que a Rússia deverá responder com uma ação semelhante, como é habitual em crises diplomáticas.
EUA expulsam 12 diplomatas russos do país por espionagem
- 28/02/2022 19:39
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