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Dois hackers chineses suspeitos de roubar informações sobre projetos de vacinas contra o coronavírus foram denunciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta terça-feira (21). As autoridades norte-americanas também informaram que os indivíduos roubaram “centenas de milhares de dólares” em propriedade intelectual e segredos comerciais de empresas de todo o mundo. Li Xiaoyu, 34 anos, e Dong Jiazhi, 33 anos, trabalhavam para o Ministério da Segurança de Estado da China e também foram acusados de atacar ativistas de direitos humanos dos EUA e de Hong Kong, informaram as autoridades americanas.
Os hackers supostamente estão na China e, portanto, fora do alcance da polícia dos EUA. A acusação aponta que, apesar de trabalharem para o governo chinês, os acusados chegaram a agir para a obtenção de “ganhos pessoais” em algumas ocasiões. “Os crimes cibernéticos promovidos pelos serviços de inteligência do governo chinês são uma ameaça não apenas aos Estados Unidos, mas ao resto dos países que apoiam o jogo limpo, as normas internacionais e o Estado de Direito", declarou o sub-diretor do FBI, David Bowdich.
Essa não é a primeira denúncia envolvendo supostos ataques de hackers que têm como alvo pesquisas sobre a Covid-19. Na semana passada, a agência britânica de segurança cibernética acusou um grupo de hackers russos, conhecidos como APT29, Dukes ou Cozy Bear, de tentar roubar informações a respeito de projetos de vacinas contra o coronavírus que estão sendo desenvolvidas no Reino Unido, EUA e Canadá. As alegações foram apoiadas pelas autoridades norte-americanas e canadenses.