Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (3) sanções contra oito oligarcas russos e seus parentes, incluindo o suposto testa-de-ferro do presidente Vladimir Putin, Alisher Usmanov, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O Departamento de Estado americano também proibiu 19 oligarcas russos e seus familiares de entrar nos EUA, enquanto o Tesouro bloqueou os potenciais ativos sob jurisdição americana de sete organizações russas e 26 indivíduos que promovem "desinformação" sobre a guerra na Ucrânia. "Continuamos a impor sanções muito duras a Putin e aqueles de seu entorno", disse o presidente dos EUA, Joe Biden, a repórteres no início de uma reunião do gabinete.
Usmanov, que a UE considera o testa-de-ferro de Putin, é um magnata do metal e um dos homens mais ricos da Rússia e do mundo, com uma fortuna atualmente estimada pela "Forbes" em mais de US$ 14 bilhões. As autoridades alemãs apreenderam ontem um iate avaliado em quase US$ 600 milhões que era propriedade de Usmanov, enquanto o Departamento de Tesouro americano proibiu hoje o uso nos EUA desse barco e de um enorme avião privado do magnata, avaliado em US$ 500 milhões.
Junto com Usmanov e Peskov, Nikolay Tokarev, CEO da Transneft, uma grande empresa russa de petróleo e gás, também aparece na lista, além de duas empresas imobiliárias de sua propriedade, assim como sua esposa e filha. Outro dos sancionados é Sergey Chemezov, diretor da Rostec, controladora do maior exportador de armas russo (Rosoboronexport), junto com sua esposa, seu filho e sua enteada. Outro alvo é Yevgeny Prigozhin, apelidado de "chef" de Putin porque suas empresas costumam organizar banquetes no Kremlin, e que já estava sujeito a sanções dos EUA, mas que o Tesouro volta a designar para incluir também suas três empresas e sua família.