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Uma declaração do embaixador chinês na França, Lu Shaye, ao canal de notícias francês LCI na sexta-feira (21) colocando em xeque a soberania dos ex-estados soviéticos – o que inclui países como Ucrânia, Cazaquistão, Letônia e Lituânia – motivou uma série de condenações por parte de países europeus.
“Eles não têm status real na lei internacional porque não há acordo internacional para confirmar seu status de soberano”, afirmou Lu Shaye falsamente na semana passada. As declarações do diplomata ignoram fronteiras internacionalmente reconhecidas da Europa Central e Oriental. A própria China os reconhece oficialmente como Estados soberanos.
Após a fala, nações como França, Estônia, Letônia e Lituânia se pronunciaram condenando as declarações – os três últimos países, que faziam parte da União Soviética, informaram que convocarão representantes chineses em seus países para prestar esclarecimentos.
A polêmica enfraquece as tentativas da China, aliada da Rússia, de se projetar como mediadora do conflito na Ucrânia. Neste domingo (23), o ministro das Relações Exteriores da Estônia classificou os comentários do diplomata chinês como falsos e como uma “má interpretação da História”.