O ex-presidente da Bolívia deixou nesta sexta-feira (6) o México em voo comercial em direção a Cuba. O governo mexicano forneceu uma identificação para que ele e sua ex-ministra da Saúde, Gabriela Montaño, pudessem sair e retornar ao país como asilados. Montaño garantiu à agência de notícias Reuters que o motivo da viagem era uma consulta médica com a equipe que já havia tratado Morales na Bolívia.
Segundo apurado pelo jornal El País, no entanto, a intenção de Morales é estabelecer-se definitivamente Argentina, após a posse do presidente-eleito Alberto Fernández, para estar mais perto de seu país e ter um contato mais próximo com os líderes de seu partido, visando finalizar os detalhes da candidatura com a qual o seu partido, Movimento para o Socialismo, participará das próximas eleições na Bolívia.
Morales está asilado no México desde 12 de novembro, após renunciar ao seu mandato devido a fortes suspeitas de fraudes nas eleições presidências deste ano, em que ele teria sido reeleito. A chanceler do governo interino da Bolívia, Karen Longaric, afirmou que o novo pleito presidencial deve ocorrer entre março e abril de 2020.