O governo dos Estados Unidos confirmou, neste domingo, que dois navios de guerra – um contratorpedeiro norte-americano e uma fragata canadense – realizaram exercícios no Estreito de Taiwan, que fica entre a ilha e a China continental, na quinta e na sexta-feira. “O trânsito de Dewey [o contratorpedeiro] e Winnipeg [a fragata] pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos e de nossos aliados e parceiros com um Indo-Pacífico livre e aberto”, afirmaram os militares norte-americanos. O anúncio ocorreu um dia após o jornal britânico Financial Times revelar que a China realizou um teste de míssil hipersônico, arma capaz de voar a até cinco vezes a velocidade do som, ou 6,2 mil quilômetros por hora, surpreendendo autoridades norte-americanas. As informações são do jornal O Globo.
O governo comunista em Pequim condenou o exercício, afirmando que “os Estados Unidos e o Canadá se uniram para provocar e criar problemas, pondo seriamente em risco a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan” – a China não reconhece a independência de Taiwan, ilha com governo democrático, mas que é considerada “província rebelde” pelos comunistas. Enquanto os exercícios dos países ocidentais têm a finalidade de reforçar o compromisso de defender Taiwan em caso de agressão chinesa, Pequim também vem realizando manobras militares para intimidar o governo da ilha. Além do teste do míssil hipersônico de agosto, apenas em outubro cerca de 150 aeronaves chinesas sobrevoaram a Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, que é considerada espaço aéreo internacional, mas na qual o governo de Taiwan diz ter o direito de requerer a identificação das aeronaves que transitam ali, por questões de segurança.