O governo do Líbano decretou estado de emergência nacional de duas semanas a partir desta quarta-feira (5), um dia após as explosões no porto da capital, Beirute, que deixaram ao menos 113 mortos, mais de quatro mil feridos e 300 mil desabrigados.
A medida foi tomada em reunião do gabinete presidencial. "Não há palavras para descrever o horror da catástrofe que ocorreu ontem", disse o presidente libanês Michel Aoun durante o encontro, informou a Agência de Notícias do Líbano. "Eu estendo meu coração e sentimentos às famílias, e peço a Deus que cure os feridos, cure os corações partidos e forneça toda a energia e determinação para permanecermos juntos para enfrentar as queimaduras dolorosas que deixaram sua marca sobre Beirute", completou.
Autoridades também concordaram em colocar todos os funcionários do porto de Beirute que supervisionavam o armazenamento e a segurança desde 2014 em prisão domiciliar. Na manhã desta quarta-feira (5), o chefe do local disse em entrevista a uma emissora libanesa que havia determinado a retirada das cerca de 2,7 mil toneladas de nitrato de amônio que causaram a explosão. O governo afirmou que um curto-circuito desencadeou o acidente.