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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, aproveitou a projeção propiciada pela Cúpula sobre o Clima, nesta quinta-feira (22), para destacar a necessidade de "renovar a arquitetura financeira global".
"Compartilho com [o presidente francês, Emmanuel] Macron que é preciso renovar a arquitetura financeira internacional. Em resposta aos fenômenos de superendividamento irresponsável, causado antes da pandemia e agravado pela presença deste vírus, com maior flexibilidade de prazos, taxas e condições", disse o presidente do país que, neste momento, está renegociando uma dívida de 45 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional, herdada de um empréstimo feito pelo seu antecessor, Maurício Macri.
Fernández, ao destacar que a Argentina "colocou a ação ambiental e climática no centro de suas convicções" e que o país "honra o acordo de Paris", também defendeu que as organizações internacionais de crédito façam "pagamentos por serviços ecossistêmicos" e "trocas de dívidas por ação climática", bem como uma "nova alocação de Direitos Especiais de Saque (DES, moeda do FMI), sem discriminação a países de renda média, para melhorar nosso meio ambiente".
Segundo o presidente, o governo argentino ainda vai encaminhar ao Congresso uma proposta de lei para proteger florestas nativas. Disse também que deseja 30% da rede de energia do país com fontes renováveis, mas não especificou prazo para essa meta. "Faremos uma adaptação muito profunda e medidas para erradicar o desmatamento e isso será classificado como crime", acrescentou.