O cirurgião-geral Joseph Ladapo, chefe do departamento de Saúde da Flórida, apontou a falta de evidências científicas sobre a segurança nesses tratamentos e a eficácia desses procedimentos.
O cirurgião-geral Joseph Ladapo, chefe do departamento de Saúde da Flórida, apontou a falta de evidências científicas sobre a segurança nesses tratamentos e a eficácia desses procedimentos.| Foto: BigStock

O departamento de Saúde da Flórida, nos Estados Unidos, encaminhou na quinta-feira (2) ao Conselho de Medicina do estado uma carta com orientações para que sejam criadas novas regras e estabelecidos padrões de atendimento na área médica seguindo diretrizes que desaconselham os tratamentos infantis para mudança de sexo.

O cirurgião-geral Joseph Ladapo, chefe do departamento de Saúde do estado, apontou a falta de evidências científicas sobre a segurança nesses tratamentos e a eficácia desses procedimentos e pediu ao Conselho de Medicina da Flórida para que leve em consideração as indicações do órgão estadual, que desaconselham as intervenções para mudanças de sexo na infância. A medida faz parte de mais um esforço governador Ron DeSantis para restringir os tratamentos de mudança de sexo no estado, principalmente em crianças.

“As evidências científicas que apoiam essas intervenções médicas complexas são extraordinariamente fracas. Os padrões atuais estabelecidos por inúmeras organizações profissionais parecem seguir uma ideologia política preferida em vez do mais alto nível da ciência médica geralmente aceita. A Flórida deve fazer mais para proteger as crianças da medicina baseada na política. Caso contrário, crianças e adolescentes em nosso estado continuarão a enfrentar um risco substancial de danos a longo prazo”, diz comunicado divulgado pela secretaria de imprensa do Departamento de Saúde da Flórida.