Um advogado da família do vereador venezuelano Fernando Albán, morto em outubro passado na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), apresentou ao público imagens que, segundo ele, evidenciam que o político opositor foi torturado antes de ser morto, contestando a versão apresentada pelo regime, que alega que Albán se suicidou ao se atirar da janela de um banheiro no 10° andar do prédio que abriga a inteligência bolivariana.
Luis Argenis Vielma, que afirmou ter o consentimento da família para compartilhar as imagens, mostrou a um canal de televisão as feridas no corpo de Albán (conteúdo sensível), aparentemente feitas com objetos pontiagudos, lacerações, queimaduras e até possíveis choques elétricos. O vereador foi preso depois de ser acusado de ter participado de um suposto ataque com drones carregados com explosivos contra o ditador Nicolás Maduro em maio de 2018. Na época, o Sebin era comandado por Gustavo González, mas poucos dias depois da morte de Albán, a liderança da inteligência passou para o controverso Cristopher Figuera, que neste ano se juntou à oposição em um plano para tentar derrubar Maduro.