Protesto contra reforma da previdência na França| Foto: Thomas SAMSON/AFP

Mais de 450 mil pessoas em pelo menos 40 cidades da França marcharam nesta quinta-feira (5) contra o governo do presidente Emmanuel Macron e sua proposta de reformar o sistema de aposentadorias do país. Trabalhadores dos transportes, educação e saúde fizeram uma das maiores greves do setor público em décadas, que deve continuar nos próximos dias, enquanto Macron não dá sinais de que vai recuar. Ponto turísticos como a Torre Eiffel foram fechados.

A paralisação foi pacífica, mas o dia não esteve livre de confrontos. Em Paris, vândalos atearam fogo em um reboque e destruíram janelas e uma parada de ônibus. De acordo com o jornal The Guardian, bombeiros apagaram pequenos incêndios em latas de lixo e alguns carros foram tombados. No fim da tarde, mais de 80 pessoas haviam sido presas na capital. Em Nantes, oeste da França, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes mascarados, que atiraram projéteis contra eles.

Com a reforma, o objetivo de Macron é padronizar os 42 esquemas de aposentadoria diferentes que existem na França em um único sistema baseado em pontos que calcularia as pensões para todos os funcionários da mesma maneira. Críticos, principalmente os sindicatos, insistem que um único sistema penalizaria as pessoas que passaram por um tempo desempregadas em um país onde as taxas de desemprego permanecem relativamente altas. Durante a marcha era possível ver alguns cartazes que pediam a saída de Macron da presidência.

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