Uma comissão independente da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (28) um relatório que aponta que 21 funcionários que participaram de ações de combate à décima epidemia de ebola em Kivu do Norte e Ituri, na República Democrática do Congo, entre 2018 e 2020, cometeram crimes de exploração e abuso sexual.
A comissão informou que foram “dezenas de vítimas” e que proibirá os agressores identificados de trabalhar futuramente para a organização. Quatro pessoas identificadas como perpetradoras dos crimes que ainda trabalhavam para a OMS quando esta tomou conhecimento das denúncias foram demitidas.
A organização informou que encaminhará informações às autoridades da República Democrática do Congo e às dos países de origem dos outros supostos agressores para que haja responsabilização criminal.
A comissão também recomendou um inquérito para apurar por que procedimentos de investigação não foram abertos pelos responsáveis imediatos da OMS à época dos fatos. A organização apontou ainda que vai iniciar uma reforma completa das políticas e processos internos para lidar com denúncias de exploração e abuso sexual.