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O governo italiano de Giuseppe Conte conseguiu uma vitória no Senado, ao obter 156 votos de confiança na Casa, o que é avaliado como uma manifestação de força do gabinete. Com 140 senadores contrários, o governo de Conte foi alvo de diversas críticas durante a sessão, mas conseguiu apoio de alguns congressistas que teriam votado contrário. Dois membros do Forza Itália apoiaram Conte, o que levou um dos líderes da sigla, Antonio Tajani, a excluí-los do partido.
O líder do partido Itália Viva, Matteo Renzi, cujo rompimento com Conte foi o estopim para a crise, se absteve por duas vezes na votação, e afirmou que o país precisa de um governo mais forte, e que a manutenção do atual é "perigosa". Os senadores do partido seguiram Renzi, e 16 do Itália Viva se abstiveram.
O discurso do líder da Liga, Matteo Salvini, inflamou o Senado e foi interrompido diversas vezes. O político criticou a política europeia, o apoio aos produtos "made in Italia", imigração, aborto, dentre outros temas do governo de Conte.
A sessão seguiu tumultuada após o fechamento da votação. Um senador não pode votar por supostamente ter chegado após o encerramento, o que levou a uma revisão das câmeras. Após minutos de deliberação, o voto foi admitido, favorável ao governo, e ampliando a maioria de Conte, que chegou a ter publicada uma maioria de 154 senadores por alguns veículos de imprensa antes da confusão.