O governo da Argentina definiu nesta sexta-feira (30) que o salário mínimo no país subirá 35%, com o aumento distribuído em três etapas. O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho do Salário Mínimo, na qual sindicalistas rejeitaram a proposta feita pelos empresários, informou a agência estatal Télam.
O ministro da Produção e do Trabalho, Dante Sica, realizou o anúncio. As centrais de trabalhadores rejeitaram a proposta de alta de 30% no salário mínimo, em duas parcelas. Com isso, Sica decidiu que haverá aumento de 13% em agosto, outros 12% sobre o valor inicial em setembro e de 10% também sobre o valor inicial em outubro.
A Argentina enfrenta um quadro de grave inflação, queda forte no peso, aumento na pobreza e recessão econômica. Além disso, enfrenta turbulências nos mercados financeiros, que levaram nesta semana o governo do presidente Mauricio Macri a adiar o pagamento de parte de suas dívidas de curto prazo, em quadro de expectativa pela eleição presidencial mais para o fim do ano, na qual o favorito é o oposicionista Alberto Fernández.