O presidente do Chile, Gabriel Boric| Foto: Reprodução Twitter
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O governo do Chile processará, com base na Lei de Segurança Interior, os responsáveis pela greve de caminhoneiros no sul do país, que está bloqueando as principais rodovias da região, após o descumprimento de acordo para encerrar a mobilização, feito dois dias atrás.

A decisão do Executivo, comunicada na noite desta sexta-feira, aconteceu depois que o presidente, Gabriel Boric, deu primeiros sinais de que estava impaciente com a situação.

"Espero que, mediante diálogo, cheguemos a um acordo, senão, o governo terá que agir como cabe", disse o chefe de Estado, em ato na região de Magallanes, no sul chileno.

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A ministra do Interior e Segurança Pública, Izkia Siches, garantiu ontem, em Santiago, que serão utilizados "todos os instrumentos" do Estado de Direito, que garantem ao governo formas de conseguir o desbloqueio das rodovias.

"Tudo tem limite e esse limite já chegou. Exigimos a liberação das estradas e permitir o livre trânsito. Junto a isso, retiramos as propostas com que tínhamos trabalhado e reivindicado aos caminhoneiros", afirmou a titular da pasta.

O sul do Chile é palco do chamado "conflito mapuche", envolvendo comunidades indígenas e empresas agrícolas e florestais. Os caminhoneiros exigem a retomada da militarização da região, com a decretação de estado de exceção, que levaria ao emprego das Forças Armadas.