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O governo da Holanda decretou neste sábado o confinamento da população e o fechamento de todas as atividades não essenciais no país, assim como de escolas e universidades. O novo lockdown tem início amanhã e deve permanecer em vigor até pelo menos 14 de janeiro.
As medidas são formas de tentar combater a propagação da variante ômicron do novo coronavírus e foram definidas em reunião de emergência entre os integrantes da cúpula do Executivo. Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro interino, Mark Rutte, explicou que poderão seguir abertos estabelecimentos como supermercados, farmácias e postos de gasolina, enquanto restaurantes, cinemas, teatros e academias deverão parar atividades.
Além disso, também deverão fechar os salões de beleza e barbearias. Instalações esportivas fechadas também deverão suspender o funcionamento. O esporte ao ar livre será permitido, no entanto, em um horário limitado. Ficam proibidos eventos culturais, shows, entre outros, e o número de convidados para cerimônias ficará limitado a 100.
Ainda de acordo com as medidas anunciadas hoje, será permitido um número máximo de dois visitantes em cada residência por dia, com exceção do período de 24 a 26 de dezembro e da noite de réveillon, quando há autorização para quatro pessoas.
O chefe de governo do país falou em tom de lamento sobre "voltar mais uma vez ao confinamento" e destacou que a medida é "inevitável, pois a ômicron se propaga mais rápido do que se temia". Segundo Rutte, a variante será dominante no país, ou seja, responderá pelo maior número de novas infecções pelo novo coronavírus, ainda antes do fim deste ano.
Segundo o Instituto de Saúde Pública do país, nas últimas 24 horas, foram registrados mais 14.742 casos de infecção pelo novo coronavírus e 50 mortes por Covid-19. Nos hospitais, 2.373 pacientes estão internados com sintomas da doença, sendo que 637 ocupam leitos de UTI - além de 19 que foram transferidos para a Alemanha.