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O governo britânico anunciou, nesta quarta-feira (22), que vai implementar um processo facilitado a habitantes de Hong Kong que queiram fixar residência no Reino Unido. A medida vai valer a partir de janeiro de 2021 e pode beneficiar até 3 milhões de pessoas. Em comunicado, o Ministério do Interior do Reino Unido informou que detentores do passaporte nacional britânico e seus familiares imediatos poderão se mudar para a terra da rainha para trabalhar e estudar. A China continental condenou a decisão britânica de oferecer uma espécie de asilo a residentes de Hong Kong.
Por enquanto, pessoas de Hong Kong que se encaixam nas exigências do governo inglês podem permanecer no Reino Unido por somente seis meses sem visto. Com as mudanças nas regras, elas terão direito a viver e trabalhar no país por cinco anos e, mais à frente, solicitar a cidadania. Ex-colônia britânica, Hong Kong foi devolvida à China em 1997 sob o status de “um país, dois sistemas”, pois deveria ser garantido ao território um grau de autonomia e de liberdades civis similares às ocidentais. No fim de junho, porém, Pequim determinou a aplicação da Lei de Segurança Nacional (LSN) na ilha, minando, na prática, a liberdade de Hong Kong.
Na década de 1980, o Reino Unido determinou um tipo especial de nacionalidade britânica a “cidadãos dos territórios dependentes britânicos por conexão com Hong Kong”. Essas pessoas não possuíam o direito automático de viver ou trabalhar na Grã-Bretanha, mas tinham acesso à assistência consular dos postos diplomáticos do Reino Unido.
