Manifestantes pró-democracia em Hong Kong levantam bandeiras dos Estados Unidos no aeroporto internacional da cidade.| Foto: ANTHONY WALLACE/AFP

Depois de falar por semanas que os Estados Unidos desempenham um papel secreto por trás dos protestos pró-democracia em Hong Kong, a imprensa da China alegou ter evidência concreta do que diz ser "atividade secreta" dos EUA. O jornal pró-Pequim Ta Kung Pao publicou na quinta-feira (8) uma foto de ativistas da oposição reunidos em um hotel com Julie Eadeh, chefe da seção política no Consulado dos EUA em Hong Kong, além de detalhes sobre a carreira de Eadeh no Departamento de Estado e os nomes de seu marido e filhos adolescentes.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, descreveu o comportamento do governo chinês, de vazar os dados da diplomata, como irresponsável e agressivo e disse que é natural diplomatas americanos se reunirem com manifestantes da oposição "em todos os países".

Depois do primeiro mês de protestos, a televisão estatal chinesa começou a mostrar constantemente cenas de confrontos violentos com a polícia e manifestantes desfigurando a bandeira da China. Esses ataques representam um esforço do Partido Comunista para fortalecer a opinião pública em Hong Kong, segundo Steve Tsang, diretor do Instituto da China na Universidade de Londres. "Eles querem isolar os manifestantes do grosso da população de Hong Kong e dizer: 'Tudo isso não passa de uma interferência estrangeira'". Os protestos pró-democracia em Hong Kong continuam.

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