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O governo da Índia pediu que as plataformas de redes sociais removam conteúdos que façam referência à "variante indiana" do novo coronavírus. O Ministério de Tecnologia da Informação do país asiático fez a solicitação em uma carta na sexta-feira (21), alegando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não usa o termo para se referir à cepa B.1.617.1, que foi primeiro detectada na Índia.
No documento, as autoridades pedem que as redes sociais "removam todo conteúdo" que faça referência à "variante indiana". "Chegou ao nosso conhecimento que uma afirmação falsa está circulando online, sugerindo que uma 'variante indiana' do coronavírus está se espalhando pelos países. Isso é completamente falso", diz a carta, que foi obtida em primeira mão pela Agence-France Press. A instrução foi dada no momento em que o país se aproximava da marca de 300 mil mortes oficiais por Covid-19.
A OMS designou, na semana passada, a variante B.1.617.1 como uma "preocupação global". Até o momento, esta cepa do coronavírus já foi detectada em pelo menos 44 países e vários locais impuseram restrições à entrada de viajantes da Índia desde o surgimento da variante. As autoridades indianas alegam que a OMS não ligou nenhum país a essa cepa.
Especialistas em saúde, governos e outros têm usado nomes dos países de origem para se referir a novas variantes do Sars-CoV-2, como as que surgiram no Reino Unido, África do Sul de Brasil.