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Manifestações

Indígenas mantêm oito policiais reféns no Equador e ameaçam aplicar “justiça ancestral”

Oito policiais que são mantidos reféns por manifestantes indígenas são apresentados na Casa de Cultura em Quito, Equador, 10 de outubro de 2019 (Foto: Cristina VEGA / AFP)

Manifestantes indígenas que protestam contra o presidente do Equador, Lenín Moreno, mantêm oito policiais retidos na Casa da Cultura equatoriana em Quito, em meio a confrontos com autoridades no país. Desde o início das manifestações contra as reformas econômicas de Moreno, que levaram ao aumento de 123% no preço dos combustíveis, há uma semana, cinco pessoas já morreram segundo a Defensoria Pública.

"Do lado de fora nos disseram que o governo vai jogar bombas de gás aqui dentro. Então não vamos soltá-los porque exigimos respeito", disse Fabián Mazanda, um dos representantes da Confederação de Nações Indígenas do Equador (Conaie).

Ainda de acordo com Mazanda, se os manifestantes forem reprimidos pela polícia dentro da Casa de Cultura, os policiais ali presos serão submetidos à "Justiça ancestral indígena", em um sinal de que os agentes poderiam sofrer algum tipo de violência. Mais cedo, a Conaie declarou luto pela morte de um de seus ativistas na quarta-feira. Desde o início dos protestos, cinco pessoas já morreram no país.

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