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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,8% em abril ante março, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira (12), pelo Departamento do Trabalho. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,9% na comparação mensal de abril. Trata-se do maior aumento mensal do núcleo desde abril de 1982. Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 4,2% em abril, registrando seu maior avanço desde setembro de 2008. Já o núcleo teve ganho anual de 3%. O Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o Banco Central americano, busca meta de inflação de 2%.
O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Richard Clarida afirmou ter ficado "surpreso" com o CPI. Em evento virtual, porém, Clarida argumentou que o ganho de fôlego atual na inflação é fruto de fatores transitórios, como a base de comparação, "bem como ao surgimento de alguns gargalos na oferta que podem limitar o quão rapidamente a produção pode ser retomada em certos setores".
Clarida disse que seu cenário-base é de que ocorram efeitos "apenas transitórios" na inflação subjacente. Ele disse esperar o retorno à meta de longo prazo de 2% do Fed em 2022 ou 2023 ou "algo um pouco acima disso". Segundo ele, esse resultado seria "totalmente consistente" com a meta do Fed de almejar uma inflação média em 2%.
Em uma coletiva de imprensa, a porta-voz da Carta Branca, Jen Psaki, afirmou que o avanço do indicador é resultado da transição que o país vive, da crise gerada pela pandemia de Covid-19 para a retomada econômica. Segundo Psaki, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, se preparou para essa alta nos preços.