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O Instagram enviou notificações aos seus usuários na Rússia comunicando sobre o encerramento do funcionamento da rede social no país a partir da meia-noite desta segunda-feira (14). Conforme a empresa o bloqueio deve afetar 80 milhões de contas.
Na semana passada, a Meta (empresa proprietária do Instagram e do Facebook), fez mudanças temporárias em sua política contra discursos de ódio e passou a permitir postagens violentas contra militares russos (exceto prisioneiros de guerra), contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e contra o ditador de Belarus, Alexander Lukashenko. A alteração está restrita a usuários da Ucrânia e foi motivada pelo conflito iniciado em 24 de fevereiro. Segundo a companhia, os usuários ucranianos não podem ser impedidos de "expressar sua resistência e fúria contra as forças militares invasoras”.
No início de março, o Kremlin bloqueou o acesso da população às redes sociais Facebook e Twitter no país. A medida foi justificada como resposta às restrições (classificadas como "censura") impostas a quatro veículos de comunicação russos - a emissora militar de televisão "Zvezda", a agência estatal de notícias "RIA Novosti", o site "Lenta" e o jornal "Gazeta".
Também desde o início do mês, redes sociais passaram a limitar serviços na Rússia por causa de legislação aprovada pela Rússia e que prevê punição de até 15 anos para quem "espalhar informações falsas sobre as forças armadas do país". Outras reações à guerra surgiram por parte de empresas que têm anunciado a saída da Rússia ou restrições nas operações.